quarta-feira, 29 de junho de 2011

Impossível


“Então o profeta Isaías clamou ao SENHOR; e fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que tinha declinado no relógio de sol de Acaz.” (II Reis 20:11)

Você e eu somos testado ao ler este texto. Esse evento é absolutamente impossível de ter acontecido literalmente e não temos como crer nisso a não ser por fé. Um relógio voltar para trás é tão impossível que não faz nem sentido. Mas eu creio.

Esse teste nos é proposto diariamente, quando encontramos situações que fogem à nossa compreensão. Tudo que não entendemos ou que nos parece que não tem explicação chamamos de impossível, mas tenho aprendido que isso é uma grande mentira.

Impossível não é o que não pode ser feito, mas é o que só Deus pode fazer. Para Deus o impossível e o possível são igualmente acessíveis. O que para nós está fora de alcance para Ele não está. Portanto meu querido leitor, nunca encare o impossível da forma como sempre fez. É um desafio novo.

Nossa salvação, nossa vida eterna, nossos dons e nosso relacionamento com Deus tem de ser baseados neste conceito. Quando algumas pessoas me procuram e estou orando, alguns acham que não estou fazendo nada. Na verdade estou fazendo tudo. Como alguém trancado em uma sala ou sentado em uma barraca sozinho pode mudar a realidade dos fatos? Como pode esperar resolver algum problema com esse tipo de atitude? É absurdo ficar lá chorando e falando sozinho enquanto tudo está complicado em volta, com gente doente e problemas para serem resolvidos. Isso é verdade, mas apenas da ótica da lógica. Da ótica do Reino de Deus, futilidade e inutilidade é fazer outra coisa.

Se eu não tiver fé não faz sentido tentar seguir ao Deus Eterno, pois Ele é invisível. Se para você o relógio não volta para trás nem que Deus mande, o Reino de Deus não faz sentido.

Ainda é tempo de olhar para seu coração e pedir misericórdia ao Pai para mudar de atitude. Sem fé é impossível agradar a Deus. Sem fé esse mundo é um lugar horrível de se viver.

“Deus querido, me fortalece para que eu tenha fé e creia no que minha mente não pode crer. Leva-me além do possível, pois Teu Reino não é limitado pela minha capacidade de compreensão.”

Mário Fernandez

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

UM RECADO AOS MUÇULMANOS - "SE NÃO ESTÁ GOSTANDO, VÁ EMBORA!"

Kevin Rudd, Primeiro Ministro da Austrália.

Posted: 24 Jun 2011 01:42 PM PDT

Olha só o que disse o Primeiro Ministro da Austrália... mas
certamente estas palavras valeriam para qualquer País:
"SE NÃO ESTÁ GOSTANDO, VÁ EMBORA!"
Kevin Rudd, Primeiro Ministro da Austrália.
Aos muçulmanos que querem viver sob a Lei Islâmica da Sharia foi
dito na terça-feira passada, que providenciem para ir embora da
Austrália, cujo governo pôs em prática uma campanha contra os
radicais, em um esforço para evitar possíveis ataques terroristas...
Rudd também despertou a fúria de alguns muçulmanos australianos
Quando declarou que ele deu todo seu apoio às agências de contra-inteligência
Australianas para que mantenham sob observação e vigilância
as Mesquitas existentes no País
A seguir estão relatadas algumas de sua palavras:
“São os imigrantes e não os australianos, os que devem adaptar-se. É pegar ou
largar. Estou farto de que esta Nação tenha que se preocupar em saber se
estamos ofendendo outras culturas ou outros indivíduos. Desde os ataques terroristas em Bali,
está havendo um aumento de patriotismo na maioria dos australianos.
Nossa cultura foi se desenvolvendo ao longo de dois séculos de lutas, de
atribulações e de vitórias por parte de milhões de homens e mulheres que
buscavam liberdade.
Aqui falamos principalmente inglês, não libanês ou árabe, chinês, espanhol,
japonês, russo ou qualquer outro idioma, de modo que se você quer participar
de nossa sociedade, aprenda nosso idioma.
A maioria dos australianos crê em Jesus Cristo. Isto não é uma posição política
ou da extrema direita, isto é um fato, porque homens e mulheres cristãos, fundaram esta nação.
Isto é historicamente comprovável e é sem dúvida apropriado que isto apareça nas paredes
das nossas escolas. Se nosso Deus ofende você, sugiro que você resolva viver em outra parte do mundo,
porque aqui Cristo é parte da nossa cultura.
Nós aceitamos suas crenças e sem perguntar por que. Tudo o que pedimos,
é que você aceite as nossas e viva em harmonia e desfrute em paz conosco.
Este é nosso País, é nossa pátria e estes são nossos hábitos e nosso estilo
de vida. Permitiremos que vocês desfrutem do que é nosso, mas isto quando pararem
de se queixar, de choramingar e de protestar contra nossa Bandeira, contra nossa língua,
contra nosso compromisso nacionalista, contra nossas crenças cristãs ou contra
nosso estilo de vida.
Convidamos você a tirar proveito de outra de nossas grandes liberdades
Australianas, que é – o direito de ir embora - . Se você não está contente aqui,
então sinta-se à vontade e vá embora. Não fomos nós que obrigamos você a vir aqui;
Foi você que pediu para emigrar para cá. De modo que está na hora de aceitar o
País que acolheu você...ou então, escolher outro!”

5 MANEIRAS PARA AFASTAR SEU FILHO DA IGREJA.

5 MANEIRAS PARA AFASTAR SEU FILHO DA IGREJA.

1. Valha-se dos menores pretextos, como cansaço, chuva, indisposição, para faltar aos cultos. Crie no seu filho a idéia de que freqüentar reuniões não é importante.

...“Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem. Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o Dia está chegando” (Hb 10.24-25).

2. Em casa, à mesa ou nos bate-papos, comente e critique o ensino e as atitudes do pastor e demais líderes. Seu filho crescerá não os vendo como sérios, e não respeitará o ensino deles.

“Irmãs e irmãos, pedimos a vocês que respeitem aqueles que trabalham entre vocês, isto é, aqueles que foram escolhidos pelo Senhor para guiá-los e ensiná-los. Tratem essas pessoas com o maior respeito e amor, por causa do trabalho que fazem. E vivam em paz uns com os outros” (1Ts 5.12-13).

3. Faça do seu lar um lar como todos os demais, sem Deus. Que valor tem a Bíblia para você aplica seus princípios a todos os aspectos da vida familiar?

“Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem”. (Dt 6.6-7).

4. Em casa, use todo seu tempo com televisão ou computador. Não separe tempo para ler a Bíblia e orar. Afinal, basta orar de vez em quando, na igreja. Seu filho aprenderá que ler a Bíblia e orar é coisa de nerd.

“… Deverá ficar com essa cópia e todos os dias da sua vida lerá a lei, para que aprenda a temer o Eterno, o nosso Deus, e para que sempre obedeça fielmente a todas as leis e a todos os mandamentos”. (Dt 17.19).

5. Comente à vontade a vida dos membros da igreja diante de seu filho. Quando os encontrar depois, cumprimente-os com um sorriso e os chame de “amados” e deseje-lhes “graça e paz”. Seu filho aprenderá que a vida cristã é hipocrisia, e não se interessará em segui-la.

“… E que não falem mal de ninguém, mas que sejam calmos e pacíficos e tratem todos com muita educação”. (Tito 3.2).

Com suas atitudes você pode firmar seu filho na fé. E pode afastá-lo dos caminhos do Senhor. Use bem sua influência. O ideal é que você diga como Josué: “Eu e a minha família serviremos ao Deus Eterno” (Js 24.15).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Homossexualismo: Evolução da Espécie ? "Erro" de Deus?



Antes de mais nada quero explicar que não sou homofóbico, ao menos no sentido em que compreendo essa palavra tantas vezes usada e cuja definição ainda está longe de ser única.
Homofobia, indo pelo caminho mais lógico significaria Medo de Homossexuais...como não tenho medo deles não é meu caso.
Como também não me vejo no papel de agressor dessa comunidade
e já tive ao longo da vida vários amigos que dela fazem parte, sempre os tratando com respeito e consideração, não me considero inimigo dos mesmos.
O que me incomoda é a diversidade dos discurso, a falta de uma lógica coerente dentro do próprio "movimento".
Alguns defendem o homossexualismo dizendo que é genético, que ninguém "vira" homossexual, já se nasce assim e que são fatores hormonais ou o que quer que seja, que determinam a sua atração sexual por pessoas do mesmo gênero.
A levar em conta essa premissa, e considerando o significativo aumento do número daqueles que "saem do armário" , estariamos diante de uma aparente " evolução da espécie " ou de uma mutação genética , estaríamos então na era dos X-gay ( por favor, não entendam isto como chacota ). Se os X-men dos quadrinhos e agora da filmografia possuem em seu DNA um chamado fator X que lhes dá os poderes variados, poderíamos considerar que, no caso dos homossexuais existisse um fator G ( talvez então fosse melhor G-men) .Como ninguém ainda foi capaz de isolar ou determinar tal fator , fica complicado falar em uma mutação ou evolução da espécie.
Falando em evolução da espécie, os que defendem a sua teoria , criada por Charles Darwin, acreditam que a espécie evolui ao longo do tempo no sentido de perpetuar a espécie, do nascimento de indivíduos cada vez mais fortes ou adaptados ao meio-ambiente.
Como é biológicamente impossível que de uma relação homo-afetiva , nasçam novos indivíduos ( inseminação artificial não conta ) parece-me então que não podemos seguir esta linha de raciocínio.
Outro discurso que me incomoda realmente é aquele do homossexual religioso que alega que Deus colocou um espírito feminino em um corpo masculino ou vice-versa.
Embora o discurso pareça singelo, entramos aqui em um terreno delicado.
Entendamos:
Se existe um dogma único ao Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, para citar apenas algumas das religiões, esse dogma é o que diz respeito à perfeição de Deus.
Portanto, Deus é para a religião um ser perfeito. Em sendo um ser perfeito não comete falhas ( se cometesse falhas não seria perfeito)
Rezam as escrituras sagradas das religiões ( ao menos das que eu conheço superficialmente ou com um pouco mais de profundidade)
que Deus ( tenha lá ele o nome que lhe conferirem ) criou o homem e a mulher, ponto.
Todas as histórias de criação falam de homem e mulher com o fim de reproduzir e povoar a terra.
Seria no mínimo estranho imaginar um mundo onde houvessem apenas homossexuais. A existência da espécie jamais seria perpetuada.
Como o homossexualismo não é nenhuma novidade na história da humanidade, sendo inclusive praticado ( segundo consta na história ) por vários indivíduos, inclusive chefes de estado , filósofos, pensadores, guerreiros e etc, não poderíamos nem considerar que seja um "sinal dos tempos" no sentido de apontar para um momento onde a fila dos espíritos que esperam para nascer já esteja próxima do fim.
Parece-me, portanto, que , por mais teorias que se criem para "justificar" a opção das pessoas pelo homossexualismo, nenhuma delas resiste a uma análise mais aprofundada.
A pessoa tem o direito de ser homossexual?
Claro que tem! Cada um tem om direito de escolher o que considera mais adequado para sua vida. Tanto os homossexuais como os heterossexuais teem o livre arbítrio para viver segundo os ditames de sua própria consciência, no entanto todos nós, a cada escolha que fazemos, devemos assumir as consequências destas.
O que incomoda a sociedade, no geral, não é a opção sexual de cada um, o que passa a criar um antagonismo em determinados momentos é aquele clima de "superioridade de direitos" que alguns grupos sociais que se intitulam minorias parecem buscar como uma espécie de ressarcimento ou proteção especial contra outros.
Qual a diferença entre se espancar um homossexual ou um heterossexual? Nenhuma, em ambos os casos existe crime.
Será que é mais grave matar um hetero do que matar um homo?
Claro que não! Ambos são seres humanos e tem direito à vida.
É justo julgar com mais severidade quem agride um homossexual do que quem agride um hetero?
Também não, o mesmo peso deve ser dado a ambos os casos.
É necessário sim, preservar os direitos dos homossexuais e dos heterossexuais, é preciso educar o povo para aceitar as diferenças, para aprender a conviver com a diversidade racial, social, sexual, religiosa, ideológica e etc.
É preciso denunciar os exageros?
Claro que sim, a lei está aí para ser cumprida.
Não podemos é cair na armadilha de legislar de maneira diferente para cada grupo social, sob o risco de que a lei se torne uma torre de babel onde cada tribo fale uma língua diferente da outra.
Às vezes, uma luta que parece mais do que justa, pode ter efeito totalmente contrário ao esperado.
Existem sim homofóbicos de plantão , pessoas despreparadas para lidar com a diversidade mas, a cada direito diferenciado que se estabelece para determinado grupo, esse sentimento de repulsa apenas se acentua.
É preciso dialogar com seriedade, é preciso não cair na armadilha do discurso mais cômodo.
É preciso não encontrar teorias ou desculpas onde elas não são necessárias.
Ser homossexual é opção de cada pessoa e ponto final.
Não significa ser pior e nem melhor do que os outros apenas por isso.
Quem nos dera que todos os problemas do mundo e do nosso país fossem apenas os relacionados à opção sexual, no entanto também este problema passa pelo grande funil gerador de desigualdades e de intolerância.
Todos os nossos problemas só serão minorados ou solucionados através da educação de qualidade para todos.
Educação de qualidade passa não apenas pelas disciplinas acadêmicas, mas pela educação para a cidadania.
Somos todos membros de uma mesma sociedade, tanto faz a raça, o credo ou a opção sexual e como cidadãos precisamos aprender a respeitar as individualidades e as diferenças.
A violência só gera mais violência, a contenda só gera mais contenda.
Sejamos sinceros...que diferença faz na minha vida se fulano ou beltrano é hetero ou homossexual , desde que me respeite? Nenhuma.
Se meu padeiro ( apenas um exemplo ) for homossexual o pão vai ser melhor ou pior por causa disso? Claro que não...vai ser melhor ou pior dependendo da habilidade do profissional.
Se minha chefe for homossexual isso a torna menos competente?
Também não!
É preciso que entendamos que uma coisa não tem nada a ver com a outra. O caráter de uma pessoa não pode ser avaliado apenas pela opção sexual de cada um.
No meu ponto de vista, ninguém deve ser promovido ou rejeitado baseado em uma coisa sem ligação com o desempenho profissional.
Jorge Linhaça
Contatos com o autor

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Somente Jesus dá Vida Eterna


Norbert Lieth

Todo homem tem em si um profundo anseio por vida eterna. Em todos os lugares vemos essa busca. A Ciência e a Medicina procuram por caminhos que permitam estender a vida. Muitas pessoas cercam-se de idéias utópicas ou vivem em um mundo imaginário de filmes, livros e sonhos. Todos têm medo da morte. Quando se pensa nela, surge a temerosa pergunta: "O que virá depois?" O homem quer viver, viver eternamente, ele tem medo de morrer. Constantemente ele também se vê diante da importante pergunta: "Afinal, para que eu vivo?"

Deus criou o homem para a vida eterna. Mas ele a desprezou e jogou fora. O homem preferiu o pecado que lhe trouxe a morte. Isso fez vir a morte sobre toda criatura e a miséria humana começou. Desde então o homem está procurando reencontrar a vida eterna. Ele procurou muito e criou inúmeras coisas para obter vida para si; é o que mostram as muitas religiões. Mas, ele não tem vida, ele nunca tem segurança.

Certa vez, um artista construiu uma máquina gigantesca. Ao funcionar, ela fazia muito barulho e movimentava muitas engrenagens. Mas ela tinha uma desvantagem: não produzia nada. O artista pretendia dizer algo com isso. Ele tinha feito uma representação da nossa época e da humanidade. Há muita movimentação, até demais! Em todos os cantos há barulho, atividade e burburinho – mas, sem objetivo, sem sentido, sem razão e sem frutos permanentes.

Deus, porém, fez tudo para dar-nos novamente a vida, a vida verdadeira e eterna. A este mundo dominado pela morte Ele enviou Seu único Filho, que é a própria Vida e de quem está escrito: "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 João 5.20). Somente nEle nossa vida passa a ter sentido. Somente nEle temos o que é verdadeiro, aquilo que nossa alma anseia. E somente através dEle recebemos a vida que vai além dos poucos anos aqui na terra: a vida eterna!

Jesus diz: "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10.28). Ou em João 11.25-26: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente. Crês isto?"

Portanto, o que interessa é que creiamos. Não importa, em primeiro lugar, entender, compreender logicamente, conseguir definir ou explicar o propósito de Deus. Não, Jesus simplesmente faz a pergunta: "Crês isto?" Todo o resto vem depois.

Uma pessoa contou certa vez: "Ao passar por um cemitério quando jovem, meu olhar pousou sobre uma das lápides. O nome estava quase apagado. Mas a inscrição dos anos ainda era bem legível: 1889-1931. E então percebi repentinamente: o tracinho entre os números significava toda uma vida humana. Somente um traço! Nossa vida não é mais do que isso! Um traço entre dois números – tão pouco! Então entendi a responsabilidade que temos – a enorme responsabilidade de fazer algo significativo desse simples traço... Aí entreguei minha vida a Jesus, o Salvador, e decidi colocar essa pobre e pequena vida a Seu serviço..."

O que você fará do "traço" da sua vida? Jesus pergunta também a você: "Crês isto?"(Norbert Lieth - http://www.ajesus.com.br)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Um Povo Forte


"... mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e
fará proezas" (Daniel 11:32).


"Dê-me cem pregadores que nada temam além de pecar, e nada
desejem além de Deus, e não importa se são clérigos ou
leigos; os portões do inferno serão abalados e os reinos dos
Céus serão instalados na terra. Tudo que Deus faz é em
resposta à oração." (John Wesley)


Deus espera que Seus filhos sejam ousados em pregar o
Evangelho; corajosos no testemunho diante de parentes e
amigos; determinados na oração e estudo da Palavra;
vigorosos na atitude de transmitir amor e alegria.


Devemos nos esforçar para nada temer a não ser pecar, para
não negligenciar ensinos do Senhor, para não agir com
indiferença diante das necessidades do nosso próximo, para
não construir uma vida espiritual hipócrita dentro da igreja
e fora dela.


Quando nos aplicamos a obedecer os mandamentos do Senhor, o
inferno se agita, a mentira perde a força, o medo foge em
retirada, as dúvidas são envergonhadas, o desânimo abre as
portas para a empolgação, a derrota se curva diante das
vitórias.


Não há barreiras para aqueles que oram, para os que crêem,
para os que se esforçam, para os que seguem em frente apesar
de frustrações passageiras. Eles trazem as boas novas de
esperança e abrem as portas para as grandes conquistas.


Esse povo forte do Senhor, que caminha no centro da vontade
de Deus, que mantém uma vida de oração diante do altar do
Salvador, será capaz de transformar o mundo, de semear vida
em terrenos áridos, de conduzir os perdidos à salvação.


Eu quero estar no meio desse povo forte, quero que o meu
testemunho engrandeça o nome de Jesus, quero que o reino dos
Céus seja estabelecido na terra.


quero ser sempre bênção. Você também quer?

Eu Vivo O Que Falo

"... e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o
qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas
2:20).


Um homem,escrevendo para sua casa, relatou uma experiência
vivida na cidade grande, onde estava trabalhando por alguns
dias. "Ontem eu estive ouvindo dois grandes pregadores, um
pela manhã e outro à noite. O pregador da manhã foi o Dr. B.
e o da noite foi o Dr. S. Eu fiquei impressionado com ambos.
Dr. B. é um grande pastor, mas, Dr. S. tem um maravilhoso
Salvador."


É maravilhoso quando podemos servir ao nosso Senhor Jesus
Cristo. Ele nos chamou para pregar o Seu Evangelho e para
ser uma bênção em Suas mãos. E quando aceitamos o Seu
chamado, não apenas levamos alegria aos corações como
enchemos o nosso próprio coração de grande alegria.


O homem de nossa ilustração narra os fatos de um dia
dedicado a ouvir a Palavra de Deus. Os pregadores eram
diferentes, mas, como ele mesmo disse, obedeciam ao chamado
de Cristo.


Podemos, servindo a Deus, falar do amor bendito do Senhor e,
melhor ainda, demonstrar, em nossas atitudes, o Seu inefável
amor. Podemos, com palavras ungidas, falar de Jesus, "a luz
do mundo" e, com mais eficácia, deixar a luz de Cristo
brilhar em nossas vidas. Podemos, com muito amor e
dedicação, falar da santidade do Senhor, e,com humildade e
denodo, viver de maneira pura e santa em Seus caminhos.


Em ambas as situações estaremos cumprindo o "Ide" de Cristo,
e o nosso íntimo relacionamento com Ele determinará uma
forma ou outra de servir.


Para que sua palavra tenha poder e a sua vida demonstre o
poder de sua palavra, é necessário a presença de Cristo em
seu coração. Ele já está aí?

O DISCURSO BÍBLICO A PARTIR DE QUATRO MULHERES NO NOVO TESTAMENTO: UMA EXEGESE FEMININA.

O DISCURSO BÍBLICO A PARTIR DE QUATRO MULHERES NO NOVO TESTAMENTO: UMA EXEGESE FEMININA.
Leitura, a partir de uma perspectiva feminina, das descrições da mulher no Novo Testamento, especialmente as de Maria, Maria Madalena, Maria de Betânia e a Mulher Samaritana.
PALAVRAS-CHAVE: Mulher. Cristianismo. Discurso Bíblico.
As mulheres do Novo Testamento foram escolhidas pelo Messias, juntamente com os discípulos, para serem testemunhas, propagadoras do Reino de Deus e, em função disso, estiveram sempre envolvidas no ministério de Evangelização, expandindo o cristianismo por todo o mundo, ação da qual resultaram as narrativas que compõe o discurso bíblico do Novo Testamento.
Elaborado nos mais variados contextos, por homens das mais diversas formações, o discurso bíblico é informado pelos mais diversos conteúdos, como atesta a magnitude temporal, necessária à sua elaboração: doze séculos. Tal período não se aplica ao Novo Testamento que só começa a ser propagado, nos Sessenta e cinco, do século I, isto é, depois de Cristo. A essa pluralidade de informações se somaria toda uma variedade discursiva, oriunda da formação diversa de seus elaboradores e propagadores.
Elaborado a partir das mais distintas vozes, por homens de formação e condições diferenciadas; o texto bíblico é organizado por uma multiplicidade de gêneros discursivos e linguagens que acentuariam, ainda mais, o seu caráter de heterogeneidade e polifonia. Tal polifonia, alicerçada pelo discurso oral, também informa o Novo Testamento envolto num universo de esperança e projeções, onde se revela o Acontecimento: Jesus.
Em face do nosso estudo exegético sobre os Evangelhos sinóticos, optamos analisar as mulheres, observando as maneiras com as quais os Evangelistas tecem suas várias configurações do feminino. Essas mulheres não eram meras espectadoras no Novo Testamento, elas exerceram papel ativo, vital na criação e na expansão do Cristianismo. São profetisas, pedagogas, discípulas e ministras. Amigas de Jesus.
Sobre Maria, em todos os Evangelhos e no livro de Atos, é a mulher preparada, de modo especial, para participar da vida de seu filho na terra. Nessa descrição, Maria se apresenta como o feminino de Deus, em uma linguagem de dimensão do amor presente nas mulheres e nos homens.
Dono de uma vasta erudição, considerado como o mais literário entre os evangelistas, Lucas se revela um exímio narrador, ao longo de seu discurso. Ao tratar de Maria acrescenta, a sua descrição, o diálogo que se trava entre Maria e o Arcanjo Gabriel – Como se fará isso? (LUCAS 1.34). Eis a serva do Senhor! (LUCAS 1,38). Minha alma exalta o Senhor! (LUCAS 1,47-55). Por que agiste assim conosco?( LUCAS 2,48). Abrindo seu texto a voz feminina.
Dessa forma, Lucas nega a passividade e o silêncio de Maria, atributos que caracterizam as várias descrições dos demais evangelistas, ao se referir à Anunciação de Jesus. Expresso apenas no Evangelho de Lucas, esse diálogo nos revela os sentimentos de Maria, suas dúvidas, mesmo sabendo da grandeza divina, Maria fala, reflete, argumenta com o anjo de Deus, e sua resposta revela perfeita compreensão das Escrituras e sua disposição e obediência a Deus, conforme salienta Wilma Martins de Mendonça, em sua leitura da mulher, no Evangelho de Lucas:
Maria de Nazaré não aceitou passivamente o plano divino de ser a mãe do Salvador. Ante o mensageiro de Deus o anjo Gabriel, plena da graça divina, Maria reflete, questiona, antes de se decidir. Somente após a esse exercício de argüição é que Maria, á revelia de seu marido, de sua comunidade, dispõe livremente de seu corpo, de seu destino. É evidente que a aceitação de Maria em se tornar a mediadora entre Deus e os homens não é isenta de grandes riscos. O perigo do repudio do marido e o conseqüente apedrejamento moral e físico pela sua comunidade não eram apensa possibilidades, mas práticas arraigadas, inexoravelmente cumpridas. E se isso não ocorre, deve-se à pronta intervenção de Deus, que, conhecendo o propósito de José, o de abandonar Maria, envia-lhe o Anjo Gabriel.
(MENDONÇA, 2005,1-2)
Maria ao dispõe-se livremente de seu corpo e de seu destino, idéia assustadora de entregar-se como instrumento para a ação do Espírito Santo, mesmo sabendo que enfrentaria os preconceitos e os riscos da sociedade patriarcal. “Então disse Maria: ‘Está aqui a serva do Senhor, que se cumpra em mim conforme a tua palavra’. E o anjo se ausentou dela”. (LUCAS 1.38)
E de Maria nasce Jesus que se voltaria para a alma e o coração feminino. Jesus foi um amigo das mulheres; o primeiro e praticamente o último que as mulheres tiveram na Igreja. Os Evangelhos apreenderiam as discípulas de Jesus, como Maria Madalena, Joana e Susana através dos velhos preconceitos dos judeus. Em relação à Madalena, alvo número um desses preconceitos, é preciso ressaltar que ela é mencionada e descrita nos quatro evangelhos canônicos como a primeira testemunha do evento e da fé pascal.
Não obstante considerado o “evangelista das mulheres, Lucas omite o seu papel de primeira testemunha, frisando que o Senhor ressuscitado apareceu a Pedro, omitindo assim a aparição pascal às discípulas mulheres, assim como as palavras dessas mulheres lhes parecem como desvario e não lhes dá crédito (LUCAS 24, 11).
Essas informações, nós só teríamos na EPISTOLA APOSTOLORUM, documento apócrifo do século segundo, no qual se sublinha o ceticismo dos discípulos varões. Nesta versão, Maria Madalena, Sara ou Marta e Maria são enviadas para anunciar aos apóstolos que Jesus ressuscitou. Os apóstolos, porem, não acreditam nelas, mesmo quando o próprio Senhor corrobora seu testemunho. Somente depois de toca-lo, reconhecem que ele ressuscitou verdadeiramente na carne”.(Elizabeth S. Fiorenza. p.371,1992)
“A ação simbólica e profética da mulher não veio a se tornar parte do conhecimento evangélico dos cristãos”, porque os Evangelhos foram escritos por varões, nas palavras de Judy Chicago: “Todas as instituições de nossa cultura dizem-nos – por palavras, fatos e, pior ainda, pelo silêncio – somos insignificantes. Mas nossa herança é nossa força” (FIORENZA, 1992, p.16).
Ao se voltar para o episódio em que uma mulher unge Jesus, identificada no Evangelho de João como Maria de Betânia, Lucas desvia o foco da narrativa da mulher como discípula para a mulher como pecadora, se afastando, assim, da descrição de João que a vê como amiga e discípula de Jesus ( JOÃO 12;3 e LUCAS 7,37-50). Alguns exegéticos relatam que está historia foi escrita primeiro em Marcos e que possivelmente Lucas escreveu a partir dele, é possível que tenha cometido um erro exegético da leitura oral à escrita, a mulher converte-se numa grande pecadora que ao ungir os pés de Jesus é perdoada.
A representação das seguidoras de Cristo é feita através de uma diversidade de matizes que as destacam como importantes personagens dessa época histórico-religiosa, marcada por preconceitos e hostilidades à mulher. Assim, ora se acentuará, nos discursos bíblicos, as suas condições de ex-possessas, ora como apostolas de Jesus, ou mesmo financiadoras do projeto de Cristo, como Maria chamada Madalena , Joana, Susana e outras firmes lideranças a quem Cristo apareceria, tornando-as suas mediadoras entre os apóstolos, como se vê a seguir:
E aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíra sete demônios, e Joana, mulher de Cuza, procurados de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens.
(LUCAS .8.1-3)
Maria Madalena transformou-se na personificação da devoção cristã, definida como arrependimento. Percebe-se que ela foi identificada, de forma imprecisa, pelo Evangelista Lucas que desvia o foco da narrativa da mulher como discípula para a mulher como pecadora e possessa, da qual havia saído sete demônios, não obstante ser, nos evangelhos canônicos, a figura feminina mais importante, conforme afirma Caroll:
Maria passou da condição de uma discípula importante, cujo status superior dependia da confiança que o próprio Jesus nela depositava, à condição de uma prostituta arrependida, cujo status dependia da carga erótica de sua história e da atribulação de sua consciência angustiada.
(James Carrol , Copyright ,2006– este artigo foi publicado no livro de Dan Busrstein & Arne J.de Keijser. p.36)
Em relação à possessão, é interessante observar que tal condição é circunscrita ao feminino. Na Bíblia, não há possessos ou ex-possessos, há apenas possessas ou ex-possessas, como observara, em 1995, Josep Rius-Camps. Ao registrar esse fato, Camps atribuiria esse comportamento escritural à tradição israelita, na qual as mulheres eram representadas como classes marginalizadas, como se comprova de sua análise:
Maria tinha estado possuída por “sete demônios”, isto é, por todas as ideologias contrárias ao homem (“demônios”) que se possam imaginar (“sete”:universalidade), e tinha ficado definitivamente livre deles no passado (sentido mais-que- perfeito); ademais, predica-se das três: “haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças”, isto é, da maneira de pensar da sociedade opressora que priva de liberdade a pessoa e a torna doente.Dos doze não se afirmou, no momento, que tinham sido libertados de nada. Acaso não estavam condicionados pelos princípios que regiam aquela sociedade?
(CAMPS, 1995, p.126,)
É importante salientar que o valor da liderança exercida por Maria Madalena entre os primeiros cristãos, bem como a predileção de Jesus por ela, rompe com a visão sexista da Igreja, agride o ego masculino e provoca uma reação a fim de eliminar essa imagem e exemplo. Considerar Maria Madalena uma prostituta significava também subestimar o valor da mulher enquanto liderança e reduzi-la à passividade e ao arrependimento. Durante a construção da Igreja, enquanto instituição organizada e poderosa pelos séculos, a imagem de “Maria Madalena foi reinventada de prostituta a sibila, freira celibatária, colaboradora passiva, ícone feminista e matriarca da dinastia secreta da divindade.”
No encontro com Jesus, ela recupera a harmonia interior e entra em um processo de crescimento e amadurecimento pessoal até atingir a plenitude do seu ser na experiência pascal: “Vi o Senhor! Gritou ela com entusiasmo sem igual ao pequeno grupo de discípulos desorientados e incrédulos’ (MARCOS 16-11)”.
Nos evangelhos sinóticos, Maria Madalena é citada em primeiro lugar, indicando sua liderança no grupo de discípulas de Jesus. Por isso, desde o começo da tradição apostólica, Maria Madalena recebeu o título de apóstola dos apóstolos, porque ela recebeu a principal ordenação, sem a qual nenhuma outra teria sentido: ela recebeu a ordem de anunciar que Jesus estava Vivo, que ele havia ressuscitado, vendido a morte..
Da linhagem feminina bíblica, encontramos, ainda, Maria de Cleópas, prima ou irmã da mãe de Jesus, Salomé, mãe de João e Tiago, Marta e Maria de Betânia, irmãs de Lázaro e Isabel, mãe de João Batista, assim como a Mulher Samaritana, personagem retratada somente pelo Evangelista João, excluída do convívio social, e por ter tido cinco maridos.
Jesus encontrou essa mulher no poço de Jacó, perto da cidade de Sicar, e falou com ela, problematizando três códigos sociais, duramente incrustados na sociedade judaica: o da inferioridade feminina, o da inferioridade dos samaritanos e do desprezo, explícito e público, da prostituta..
Jesus ignorou todas essas barreiras sociais ao conversar com a Samaritana. Ele se revelou como Messias que todos aguardavam ansiosamente, oferecendo perdão, redenção e uma nova vida. Ela bebeu da taça de água viva que Jesus lhe ofereceu e foi correndo até a cidade, para da notícia àquelas mesmas pessoas que a desprezavam: o povo de Samaria. Ao chegar lá, proclamou radiante, e sem qualquer constrangimento, a vinda do Messias prometido.
A atitude de Jesus não escandaliza apenas os fariseus, aos olhos dos próprios discípulos a abertura de Jesus para com as mulheres era incomum, como se apreende da passagem de João: Nisso seus discípulos chegaram e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher. Ninguém, todavia perguntou: Que perguntas? Ou: Que falas com ela?(JOÃO 4,27)
Em relação a Maria de Betânia, o discurso dos evangelistas mostram-na dotada de uma grande capacidade de tomar decisões. É ela que, após morto Jesus, derrama-lhe óleo sobre o corpo, preparando-o assim para o sepultamento. Três evangelhos relatam seu significativo gesto sacrifical: 300 gramas de puro ungüento de nardo indiano, valendo o salário de um ano de trabalho, generosamente derramados, com humildade, sobre o seu Salvador (MATEUS 26.6-13; MARCOS 14.1-9).
As descrições de Maria de Betânia revelam, aparentemente, que era solteira e vivia com sua irmã marta e seu irmão Lázaro. Esta mulher, mais do que qualquer outra personagem do Novo testamento, é caracterizada pela lucidez espiritual e pela disposição de agir de acordo com sua fé, o que lhe valeu o elogio de Cristo (MATEUS 26.13).
Se Deus não faz acepção de pessoas, no ministério não há como excluir aquelas que mais significado e importância têm na transmissão da fé. Jesus rompe o passado e com os obstáculos que impedem o anúncio da graça para os pobres e oprimidos.
Para nos libertar das ideologias e preconceitos machistas, nada melhor que mergulhar na historia Sagrada da Bíblia, procurando desvendar os mitos e enigmas ainda não decifrados a respeito das mulheres.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURSTEIN , Dan; KEIJZER, Arne J. de. Secrets of Mary Magdalene. Traduzido por Alexandre Martins e Marcos José da Cunha. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
FIORENZA, S Elisabeth. As origens Cristãs a partir da mulher: uma nova hermenêutica. São Paulo: Edições Paulinas. 1992.
HEINEMANN, Ranke. Eunucos pelo reino de Deus: mulheres, sexualidade e a Igreja Católica. 2ª edição. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1996.
JOSAPHAT, Carlos. As santas doutoras: espiritualidade e emancipação da mulher. São Paulo: Paulinas, 1999. NELSON, Thomas. The Woman’s Study Biblie - BOFF, Lina. Maria e o feminino de Deus – Para uma espiritualidade mariana. 3ª edição. São Paulo: Paulus, 2005A Bíblia da Mulher. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2ª edição. São Paulo:Mundo Cristão, 2003.
MENDONÇA, Wilma Martins de. Artigo em homenagem à Anayde Beriz. João Pessoa, 2005.
RIUS_CAMPS, Josep. O Evangelho de Lucas: o êxodo do homem livre. São Paulo: Paulus, 1995.
Benedita Aguiar Ferreira*
*(Mestranda em Ciências das Religiões)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Etrevista com a missionaria Lanna Holder


1. Lanna Holder era lésbica, mas se converteu ao evangelho.


Veja seu testemunho, da época de sua conversão:
Entrevista com a Missionária Lanna holder, Ex-Lésbica



Restauração

Milena Soares
Lanna Holder é prova viva de que os impossíveis dos homens são possíveis para Deus. Envolvida por muitos anos com o lesbianismo, drogas e alcoolismo, Lanna acreditava que nunca iria mudar. Mas Deus transformou a sua vida de tal forma que hoje é realmente uma mulher, missionária, casada com um pastor, mãe de Samuel.



Seu testemunho impactante rompeu os limites do Brasil e hoje é convidada a pregar em diversas partes do mundo. Após um congresso de mulheres, no qual pregou, a missionária Lanna Holder concedeu um entrevista à ELNET. Confira.



ELNET - Quando você teve contato com o homossexualismo?

Lanna Holder - Com apenas 12 anos de idade conheci o lesbianismo. Aos 17, fui a uma boate gay e tive a minha primeira intimidade sexual com mulher. Logo depois desse acontecimento, saí de casa para morar com uma mulher 12 anos mais velha do que eu.



ELNET - De que forma você enxergava Deus?

Lanna - Quando cheguei à tal boate, conheci duas mulheres que tinham mais de 50 anos e eram lésbicas. E então perguntei para elas: "O que Deus acha do homossexualismo?". Elas responderam que Deus gostava disso porque ele quer que as pessoas sejam felizes. "Ele nos ama e quer que a gente ame também", elas disseram. Como eu tinha dúvidas, achava que que Deus não gostava deste tipo de coisa, essa resposta caiu como uma luva, porque aquilo acabou com a minha culpa.

Aceitei aquela palavra demoníaca.



ELNET - E como foi a sua conversão?

Lanna - Sempre dizia que nem Deus poderia mudar a minha opção sexual. E a gente não pode mexer com Deus! Minha mãe, que era prostituta, se converteu e comecei a notar a diferença. Ela me evangelizava, mas me sentia pecadora demais pra Deus ouvir as minhas orações. Além disso,

eu sempre dizia que só iria me converter quando ficasse velha. Um diácono da igreja da minha mãe me mostrou a passagem Apocalipse 22.15. "Ficarão de fora os cães, e os feiticeiros, e os que se

prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira'';. Eu pedi para que ele parasse de ler porque eu não agüentava. Pedi para que ele orasse por mim, porque eu queria aceitar Jesus.



ELNET - Quando isso aconteceu?

Lanna - Foi no dia 12 de dezembro de 1995, aos meus 21 anos. Larguei todas as minhas práticas imediatamente. Pedi à minha mãe, que ligasse para a minha ex-companheira e avisasse que eu não iria mais voltar, pois havia me convertido. Milagrosamente o álcool, as drogas e o homossexualismo ficaram para trás.



ELNET - Como foi a transição física, antes com trejeitos masculinos e agora, com trejeitos e caráter femininos?

Lanna - A primeira mudança foi a roupa. Eu não usava somente calça jeans. Comprava roupas sempre na seção masculina das lojas. Atualmente não uso mais calças pelo fato de querer diferenciar isso. Fiz uma campanha de jejum, acordava de madrugada para orar e louvar, pedindo sempre a Deus que me libertasse dos trejeitos masculinos. Deixei também o meu cabelo crescer e a tatuagem que tenho já está ficando desbotada e tenha a certeza que Deus vai tirar, como Ele já

me prometeu.



ELNET - Você é uma pessoa muito requisitada. Como administra o seu tempo com Deus?

Lanna - Alguns dias na semana, especialmente nas segundas-feiras, tento não pregar. A minha vida é só pra me dedicar a Deus. Tenho uma assessoria que me ajuda no ministério. O tempo livre que tenho reservo para orar, ouvir músicas, que pra mim são muito importantes no tempo de adoração. Também ouço e vejo fitas de outros pregadores.



ELNET - Como uma mulher pregadora, você já sofreu algum preconceito?

Lanna - Assim que me converti, seis meses depois já comecei a pregar. Uma vez fui pregar em Pernambuco e logo depois um pastor me disse que era muito nova .'' Você é mulher, então vai sentar no banco, vai estudar a Bíblia, porque o que você está fazendo não é pra você, não

agora, só depois de muito tempo de experiência com Deus e pregação'', dizia ele. Eu fui pra casa chorando muito e perguntei a Deus o porquê daquilo. E Ele me respondeu através daquele versículo que diz que Deus usa as coisas loucas deste mundo pra confundir as sábias. Deus me mandou pregar e tem me usado e a palavra dEle tem se cumprido.



ELNET - Como é o preparo antes de subir no púlpito para pregar?

Lanna - Eu tiro a parte da tarde pra ler a Palavra. Tenho 20 temas gravados em Cd e mais 150 mensagens. Fiz uma campanha em uma igreja de São Paulo durante dois anos, onde trazia uma mensagem nova a cada segunda-feira. Hoje, quando conto o meu testemunho sempre agradeço a

Deus pela oportunidade e privilégio de tocar as pessoas com a mensagem. Eu sempre leio a Bíblia, oro, fico no meu quarto, buscando me consagrar para poder pregar a mensagem.



ELNET - Qual foi a experiência mais marcante no púlpito?

Lanna - Com certeza foi no Gideões. Quando recebi o telefonema do pastor me convidando para pregar no Gideões Missionários. Na hora aceitei! Pulei de alegria. Foi a minha primeira fita gravada ''As Sete Trombetas do Apocalipse''. E pregar para aquela multidão foi de início muito difícil, até porque fui a primeira mulher a pregar em toda a história do Gideões. Era um culto pela manhã, as pessoas estavam até mesmo um pouco desconfiadas, de braços cruzados, mas quando terminou

a mensagem, pessoas foram curadas na multidão.



ELNET - O que você sentiu?

Lanna - Eu nunca senti tanto poder de Deus na minha vida. Mas antes tinha pedido a Deus: "Senhor, toda a igreja do Brasil está fazendo uma certa expectativa, afinal, eu tenho apenas 26 anos, ex-lésbica, cinco anos de convertida!" Mas quando eu cheguei lá, eu pude ver a misericórdia de Deus na minha vida. Ali eu tive a certeza que nasci para isso. Eu preguei uma palavra inédita, para um público que estava bastante apreensivo, e no final a glória de Deus foi derramada ali.



ELNET - A maioria das suas pregações é sempre em torno do seu testemunho?

Lanna - Não. Quando vou a uma igreja pela primeira vez, geralmente eles pedem que eu conte o meu testemunho. Mas se 80% das pessoas já conhecerem o meu testemunho, eu prego sobre outros assuntos.



ELNET - Há uma frase muito conhecida que diz ''Existe 'ex' tudo menos ex-homossexual''. Você sofreu algum preconceito no meio evangélico?

Lanna - Sim, no início as mães não deixavam suas filhas se relacionarem comigo, até mesmo os pastores. E isso acontecia principalmente no interior. Mas foi bem no início, antes de fazer a

minha primeira missão transcultural.



ELNET - Há algum trabalho específico com homossexuais?

Lanna - Não. Sou uma pregadora, mas tenho um site (www.lanaholder.com.br) onde as pessoas podem saber mais sobre a minha vida.



ELNET - Você se dedica integralmente ao ministério. Como você consegue o seu sustento?

Lanna - Através da venda do material com as pregações, testemunho, e também o sustento que a igreja onde eu que congrego me oferece.



ELNET - O seu esposo é pastor e deixou o púlpito pra se dedicar ao seu ministério. Geralmente é o contrário: a mulher é quem se dedica ao ministério do marido. Como é isso?

Lanna - O Samuel tem o maior prazer de estar junto comigo neste ministério. Como viajo muito, ele percebeu que era importante estar sempre ao meu lado. O Samuel sempre diz que é muito realizado. Eu não vivo sem o meu marido porque ele administra o meu ministério. Ele também escreve e tem algumas mensagens também. Trabalhamos em conjunto, nos complementamos.



ELNET - E como você administra o seu tempo com a família?

Lanna - Meu filho é muito agarrado comigo. Eu viajo toda a semana. Este mês, vou para os Estados Unidos e só retorno em novembro. Há um mês não apareço em casa.



ELNET - Quando o seu filho crescer e souber de todo o seu passado, como vai ser? Você tem algum receio?

Lanna - Não! No testemunho de Gideões levantei o meu filho, que se chama Samuel também, para as pessoas verem o que Deus fez na minha vida. É claro que não é o meu filho e o meu marido que vão provar a minha libertação. O que liberta é o conhecimento do Sangue de Jesus, a comunhão com Deus, mas eles foram um presente. Tenho muito prazer de mostrar o meu marido e o meu filho.



ELNET - Alguns dizem que o homossexualismo tem uma origem genética. O que acha?

Lanna - Em todos os casos acredito que há influência maligna. No meu caso, especificamente, foi uma maldição hereditária. Meu pai queria que eu fosse homem e isso inconscientemente afetou.



ELNET - Para você, o que é o melhor e o mais difícil do casamento?

Lanna - É poder dormir e acordar com alguém que você ama .É poder levar uma vida íntima sem sentimento de culpa. O mais difícil é ser submissa ao marido! É ter que acatar algumas decisões. Mas aos poucos a gente vai aprendendo e descobrindo que esta atitude traz recompensas.



ELNET - Seu ministério já trouxe algum problema para a sua vida conjugal?

Lanna - Não, pelo contrário, o meu marido sempre me cobra, diz que tenho que dar mais atenção às pessoas. Não que eu não queira fazer isto, mas é que quando eu saio do púlpito estou exausta e, às vezes, muitas pessoa querem falar comigo. Já houve casos de atender 50 pessoas após um culto, para orar, conversar. Mas mesmo cansada faço com prazer porque sei que estou ajudando as pessoas. Não que seja o preço da fama, mas é a recompensa pela obra de Deus.



ELNET - O que você diria àquelas pessoas que ainda não acreditam na conversão de um homossexual?

Lanna - Eu diria que essas pessoas que limitam o poder de Deus, que não acreditam na transformação de um homossexual não conhecem verdadeiramente o que Deus pode fazer na vida de alguém. E não há barreira para o poder de Deus, nem muralhas que o impeçam de avançar.

Eu falo de um Deus que mudou a minha vida. Eu não conheço Deus de ouvir falar, mas eu o conheço porque os meus olhos o viram na minha vida, na minha família, na minha casa.



2. A QUEDA

Veja esta entrevista concedida à revista Eclésia n.97, onde relata as conseqüências da queda:







A Igreja Evangélica foi sacudida por um escândalo envolvendo a missionária pernambucana Lanna Holder, 29 anos. Ligada ao ministério da World Revival Church - Igreja do Avivamento Mundial, nos Estados Unidos, Presidida pelo Pr. Ouriel de Jesus, a igreja freqüentada por brasileiros que vivem na região, Lanna teve um caso homossexual com a dirigente do louvor daquela comunidade.



Logo, o ti-ti-ti e a boataria correram soltos. Dizia-se que ela fora presa e deportada, após ser surpreendida pelo marido com a parceira dentro de um carro.

A coisa teria chegado ao ponto de ela ter levado uma surra do marido....



O episódio só tomou tal proporção devido à ausência de informações e, claro, à popularidade de Lanna no segmento pentecostal. Pregadora itinerante, ela ficou famosa ao percorrer igrejas, no Brasil e no exterior, contando seu testemunho de conversão que inclui, justamente, a libertação de uma vida promíscua, marcada pelo uso de drogas e pelo homossexualismo.



Confira a entrevista concedida ao repórter Marcelo Dutra da revista Eclésia feita por telefone de sua casa em Boston:



ECLÉSIA - A senhora realmente deixou de ser homossexual quando aceitou a Cristo?

Lanna - Eu fui curada por Jesus e não tenho dúvidas quanto a isso. Fico triste quando vejo gente por aí dizendo: “A Lanna caiu porque não era liberta de verdade”. Isso é coisa de quem não conhece a Bíblia. As Escrituras narram que vários personagens que viviam segundo os desígnios do Senhor caíram - isso é do homem. Vemos gente que saiu do adultério voltar a adulterar; alcoólatras libertos que um dia caem e tomam a beber. A pessoa que tem um passado negro como o meu está sempre sujeita e suscetível a uma queda.



ECLÉSIA - Na época de sua conversão, a senhora submeteu-se a alguma terapia espiritual para suprimir suas inclinações homossexuais?

Lanna - Não me submeti a nenhum trabalho específico voltado para essa área. Eu me converti na Assembléia de Deus e lá eles não têm esse tipo de atendimento.



ECLÉSIA - Na sua opinião, como a Igreja brasileira trata a homossexualidade?

Lanna - Esse é um problema que não é tratado de frente nas igrejas. Tanto que quase ninguém conta para seu pastor quando tem uma inclinação homossexual. Acho realmente que é um problema não tratar disso com mais seriedade.



ECLÉSIA - A senhora teve algum outro caso homossexual depois de sua conversão?

Lanna - Não, de forma alguma. Tive, quando nova convertida, problemas, desejos, provações, mas não caí em tentação. Nessa época, eu não tinha ministério.



ECLÉSIA - A Igreja é mais radical quando o pecado atinge a área sexual?

Lanna - Sem dúvida. Os pecados da área sexual são tratados pelas igrejas de maneira muito mais severa. Um irmão ou pastor que rouba o dinheiro da tesouraria e que administra a verba ao seu bel-prazer, ou aquele que difama os outros, por exemplo, é visto como um “pecador normal” - às vezes, nem são observados. Não é o que acontece com quem comete erros sexuais. Há uma fixação da Igreja por essa área.



ECLÉSIA - Por que?

Lanna - É simples - a Igreja, principalmente a brasileira, está mais doente que o mundo. Sabe por quê? Porque ela conhece a verdade mas age como se não a conhecesse. A Igreja conhece a graça de Deus, mas a despreza. Só para você ter uma idéia: quando eu caí em pecado, estava nos Estados Unidos. Voltei para o Brasil na tentativa de me afastar da outra mulher e de restaurar meu ministério. Mas vários pastores da América ligaram para o Brasil para relatar o que acontecera. Quando você está bem, é respeitado. Mas quando se está à beira do precipício, algumas pessoas que estão dentro da Casa de Deus não socorrem. Empurram.



ECLÉSIA - Ao longo de seu ministério, a senhora tomou conhecimento de homossexuais, homens ou mulheres, que vivem dentro das igrejas sem resolver esta situação?

Lanna - Só não posso te falar que em todas as igrejas encontrei pessoas assim porque não quero mentir. Mas sem medo de errar, em 90% das igrejas existem pessoas com problemas relacionados ao homossexualismo. Sempre que eu dava meu testemunho, as pessoas me procuravam para contar seu drama e pedir conselhos. Elas se abriam comigo — mas não faziam o mesmo com seus pastores, pois tinham muito medo. Eles diziam que não confiavam em ninguém. Então, eu falava para eles tomarem como exemplo o milagre que Deus fez na minha vida e que abandonassem o pecado.



ECLÉSIA - O que de fato aconteceu com a senhora neste caso?

Lanna - Eu me apaixonei por uma mulher, fui tentada e caí em pecado. Houve um envolvimento sentimental muito forte que, infelizmente, mexeu com meu passado de homossexualismo. Mas fico triste quando alguém diz que eu nunca mudei de fato e que enganava as igrejas. Isso é mentira. Jesus realmente me libertou de uma gaiola até há alguns meses, mas eu fui presa lá de novo.



ECLÉSIA - Se voltou ao Brasil para restaurar sua vida, por que, então, está vivendo agora nos EUA?



Lanna - Porque eu preciso juntar dinheiro suficiente para quitar uma divida que ultrapassa os R$ 100 mil. Trabalhando no Brasil, eu jamais conseguiria pagar tudo isso.



ECLÉSIA - E como a senhora está se mantendo?



Lanna - Aqui nos EUA, já trabalhei como pintora de paredes. Agora, no inverno tenho trabalhado como entregadora de pizzas. Uso meu carro para isso. Trabalho 11 horas por dia, seis dias por semana e chego em casa por volta das 22h, todo dia. Eu divido um apartamento com meu filho e duas brasileiras que não são evangélicas. O aluguel aqui é muito caro.



ECLÉSIA - Qual a origem de tamanho prejuízo?

Lanna - Muitas pessoas que haviam comprado meu material para vender nas igrejas sustaram os cheques, assim que o escândalo estourou.



ECLÉSIA - Quais foram os pastores que lhe deram calote?

Lanna - Não gostaria de citar nomes. São pastores de grandes igrejas e de igrejas da periferia, também.



ECLÉSIA - Mas o que aconteceu com todos os recursos arrecadados pela venda de suas fitas e vídeos durante tanto tempo?

Lanna - Meu ex-marido cuidava disso para mim. Ele administrava toda essa questão de dinheiro. Eu mesmo nem sei ao certo quanto arrecadava com a venda dos produtos. Só sei que agora devo e muito.



ECLÉSIA - Se o trabalho que fazia era ministerial, por que cobrar ofertas? Não seria mais legítimo viver unicamente pela fé, como se diz?

Lanna - Eu não cobrava ofertas até o fim do meu segundo ano de ministério. No início, eu acreditava que as igrejas tinham essa visão, mas depois percebi que não era bem assim. Havia ocasiões em que os pastores não me ofereciam nada além de tapinhas nas costas. E eu tinha que sustentar minha família. Mas nunca perguntava à igreja o quanto ela podia me dar. Mais tarde, o ministério tomou-se uma máquina de dinheiro e esse foi um dos motivos que fizeram com que eu perdesse o alvo.



ECLÉSIA - Então, a senhora virou uma pregadora profissional?

Lanna - As cobranças e exigências eram enormes. Eu tinha que pregar todo dia, já que estava preocupada em pagar dívidas e investimentos. O alvo espiritual era outro, mas eu não consegui segurar a situação — quando me dava conta, tinha que cumprir essa agenda, não só pelo dever de ministério, mas por causa de contas a pagar, funcionários etc. Depois que eu caí em pecado, justamente quando estava no auge do meu ministério, vários pastores disseram que eu seria muito burra se assumisse meu erro diante de todos. Houve quem me aconselhasse a negar tudo e continuar pregando. Mas como eu poderia mentir? O período mais difícil que passei em toda a minha vida foram os meses em que pregava algo de púlpito que eu não estava vivendo pessoalmente.



ECLÉSIA - Em algum momento de seu ministério, a senhora sentiu-se usada pelos pastores?

Lanna - Não vou usar esse termo “usada”. Acho que o que acontece no Brasil, e isso não se vê no resto do mundo, é que 90% dos pastores que conheci não têm consciência plena do que é ministério missionário. Mas a maioria acredita que, se você é missionário, tem que passar necessidade, tem que viver na prova. Não existe uma visão contemporânea do ministério missionário. De cada dez igrejas em que eu pregava, em apenas uma eu era abençoada com uma oferta de amor. Embora meu sustento e o de minha família viesse dessa ajuda das igrejas, eu jamais estipulei um valor para pregar neste ou naquele lugar. Muita gente diz que o dinheiro e a fama me subiram à cabeça. E tem outra coisa - sempre que eu era convidada para ir a alguma igreja, pedia que a congregação pagasse também a passagem do meu marido, para que ele me acompanhasse sempre. Como esposa, eu não queria ficar longe dele muito tempo. E muitas vezes pagava do meu próprio bolso, tirava da minha oferta para poder levá-lo.



ECLÉSIA - Seu casamento foi influenciado por pressões da igreja, como uma forma de provar que não era mais lésbica?

Lanna - Não, de forma alguma. Eu me casei porque quis.



ECLÉSIA - E por que seu casamento naufragou?

Lanna - Nós não conseguimos resolver as coisas de uma maneira melhor por causa dos vários compromissos que eu tinha com o ministério. Meu casamento foi abaixo também por causa disso. Meu ritmo de vida era alucinante, chegava a pregar três vezes ao dia em locais diferentes. Havia também as viagens. Isso proporcionou que a gente se afastasse. Nós passamos por graves crises em nosso casamento, principalmente na área sexual. Chegamos a ficar quase um ano sem manter relações sexuais. Dá para acreditar? Eu cheguei a cobrar do meu marido um compromisso sexual comigo. Dizia para ele que, devido ao meu passado, eu tinha que ser plenamente saciada por um homem nesta área. Mas nada mudava. Ele só me dizia que eu não podia deixar de pensar no ministério. Nosso casamento não tinha mais jeito.



ECLÉSIA - Vocês já estão divorciados?

Lanna - Ainda não, pois estamos sem dinheiro. Mas vamos usar um serviço social americano para resolver essa questão o mais rápido possível. Meu sonho neste momento, mais do que voltar a ter algum ministério, é ter uma família. Peço a Deus um marido. Um homem que realmente me faça feliz e me dê pelo menos mais dois ou três filhos.



ECLÉSIA - Após a divulgação do escândalo, alguns dos setores que antes a solicitavam têm apoiado a senhora?

Lanna - Não, ninguém me procurou. A única pessoa que realmente tenta me apoiar - aliás, eu me emociono pela maneira como faz isso — é meu pastor [Manoel Antonio Ribeiro, da Assembléia de Deus do Monte, no Rio de Janeiro]. E olha que nós sequer nos falamos depois de tudo que me aconteceu. Eu tento poupá-lo do constrangimento. Mas aquele é um servo de Deus, um homem de bem. Para não ser injusta, a pastora Zilmar, esposa do pastor Jabes de Alencar [líder da Assembléia de Deus do Bom Retiro, igreja paulistana], foi me visitar em São Paulo, assim que soube que eu tinha caído em pecado. Ela veio em nome da igreja e ofereceu ajuda para o que eu estivesse precisando. Levaram até uma cesta básica para mim.



ECLÉSIA - O que mudou no tratamento recebido pela senhora nas igrejas, antes e depois de sua queda?

Lanna - Eu sempre tive a graça de Deus na minha vida. Onde eu chegava, independente de local, era recebida com carinho. Isso é interessante, porque por mais que existam pessoas que saíram do homossexualismo, poucas têm coragem de dizer por causa do preconceito, do medo de ser apontada, criticada. Mas eu me expus e meu passado nunca pesou para mim quando entrava na casa dos pastores, por exemplo. Sempre fui tratada com respeito e até hoje muitos crentes me perguntam como estou, se estou em dificuldades, quando por acaso esbarro com algum deles pela rua. Eu acreditava que receberia apoio espiritual dos grandes pastores, dos grandes homens de Deus que sempre estavam perto de mim, mas foi o povo, os irmãos das igrejas que me apoiaram e têm demonstrado amor por mim.



ECLÉSIA - A senhora saiu do Brasil dizendo que recebeu um chamado missionário. Quanto a Igreja de Boston lhe pagava?

Lanna - Nós nunca falamos numa verba fixa. O convite aconteceu, mas acabou não se concretizando por causa da minha queda. Ou seja, eu nunca fui missionária daquele ministério. No início de 2003, eu recebi a proposta de uma igreja americana para ir morai nos EUA, já que eu estava viajando sempre para lá. Eu disse isso ao pastor Ouriel de Jesus, que imediatamente me fez uma proposta para ficar como missionária de sua igreja. Eu iria ficar pregando nas dezenas de igrejas dele no mundo inteiro e venderia meus produtos, mas não ganharia uma oferta fixa. Mas logo depois tudo aconteceu e achei que a proximidade com a mulher com quem tive o caso seria muito pior para mim.



ECLÉSIA - Qual foi a postura do pastor Ouriel diante do escândalo?

Lanna - No dia em que eu sentei com o pastor Ouriel para confessar o meu pecado, ele falou que, diante do ocorrido, não poderia cumprir o que havia sido combinado. Ele disse que iria nos ajudar até que superássemos o problema. Até me aconselhou a voltar para o Brasil e a me submeter à disciplina de meu pastor. Quanto à outra pessoa envolvida, o próprio Ouriel a disciplinou.



ECLÉSIA - E quanto à outra mulher - a senhora nunca mais a viu?

Lanna - Não temos mais contato algum. Ela é proibida pela igreja de falar comigo, mesmo que nos víssemos na rua. Não é possível qualquer tipo de aproximação. Além disso, o marido dela não superou a crise e mantém uma mágoa muito grande de mim.



ECLÉSIA - Quais são seus planos, agora?

Lanna - Gosto das igrejas daqui. Embora eu passe um momento de cobrança, as pessoas me perguntam quando vou voltar. Dizem que sentem saudades de me ver diante do púlpito, pregando... Conversei com vários pastores aqui que dizem o mesmo. Mas eu não posso voltar só para matar a saudade das pessoas. Eu não deixei de ser crente, mas não posso pregar o que não vivo. Portanto, não sei quando e nem mesmo se voltarei a pregar.



ECLÉSIA - Como a senhora define a sua situação espiritual?

Lanna - Eu me lembro de que, quando aceitei a Cristo, não conseguia mais deixar de falar de Deus. Até hoje o Senhor me dá mensagens. Você acredita? Mas é verdade. Não consigo viver sem pregar. Eu gosto, está no meu sangue. Sei que nasci para pregar. Mas eu não sei o que o Senhor vai fazer comigo ou como vai me usar no futuro. Hoje, não sei se vou ou não voltar ao ministério — só posso dizer que estou em processo de restauração e creio que Deus tem algo maravilhoso preparado para mim. Sei que estou em pecado, mas sei também que Jesus me ama e estou trabalhando minha restauração. Não quero ir para o inferno!

Ela voltou que pena que voltou outra Lanna.

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Edifícios Jamais Abandonados

"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual
todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no
Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para
morada de Deus em Espírito" (Efésios 2:20-22).


Um homem, procurou um pastor e falou de seu desejo de se
tornar membro da igreja. Mas, ao mesmo tempo que declarava
sua intenção, disse que não pretendia ir às reuniões todas
as semanas, nem estudar a Bíblia, nem visitar doentes, nem
assumir um cargo de liderança e nem ensinar na Escola
Bíblica. O pastor elogiou seu desejo de tornar-se membro de
uma igreja, mas, falou-lhe que aquela igreja não era
apropriada para ele. Disse-lhe que deveria procurar uma
igreja localizada em outra região da cidade. O homem anotou
o endereço e seguiu em direção ao local informado. Quando
chegou lá, viu-se diante do resultado lógico de sua atitude
apática. Encontrou o prédio de uma igreja abandonada,
cercada de tábuas e pronta para demolição.


A pior atitude, na vida de um cristão, é a apatia e o
desinteresse pelas coisas espirituais. Diz ter aberto o
coração para o Senhor, mas, em nada se assemelha a Ele. É
indiferente, fraco, inseguro, sem fé, sem brilho e sem vida.
É pior do que alguém que encontra um prédio abandonado -- é
o próprio prédio abandonado.


Nós somos a verdadeira igreja de Cristo. Fomos construídos
com base sólida e edificados com pedras de amor. Somos um
prédio vivo, santo, iluminado. O Senhor nos fez para que em
nós pudesse habitar. Sua presença nos enche de gozo e
alegria. Ele nos dirige os passos e nos conduz pelo caminho
da salvação. E, estando em nós, temos a certeza da direção a
tomar e da felicidade que será constante em todos os nossos
dias.


As tábuas de abandono nunca nos cercarão e a placa de nosso
sorriso jamais mostrará qualquer possibilidade de demolição.
Seremos sempre um edifício bonito, bem pintado, cheio de
luzes, cheio de vida... para sempre!


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serviço. Seja um missionário voluntário do Ministério Para
Refletir.*

Força de Deus

Força de Deus

“Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê.” (Deuteronômio 8:18 ARA)

Muita gente está limitada em sua mente convencida de que não consegue gerar riqueza, que não tem capacidade para tal. Mas a Palavra de Deus afirma que Deus nos deu forças para isso. Como Deus não é mentiroso (Números 23:19) então temos que mudar a nossa maneira de pensar.

Lembro-me da história de uma mulher cujo marido se acidentou e, como ele era vendedor autônomo, a família perdeu a fonte de sustento enquanto estava em recuperação. A mulher orava a Deus pedindo que Ele fizesse um milagre em relação a isso. Uma noite ela sonhou que estava assando pães caseiros e usava uma receita que havia aprendido com sua mãe mas que nunca tinha feito depois de casada.

Quando acordou naquela manhã, entendeu que Deus tinha dado a ela uma estratégia de sustento. Pegou o dinheiro que ainda tinha em casa, foi ao supermercado e comprou os ingredientes necessários para fazer vários pães daqueles que ela tinha visto no sonho. Depois de prontos, ainda quentes, ela mandou seus filhos oferecerem os pães na vizinhança e que falassem que aquele dinheiro era para ajudar a família, pois o pai estava doente. A primeira fornada vendeu instantaneamente e os meninos voltaram com encomendas para o dia seguinte. Quando as pessoas na igreja souberam que ela estava fazendo os pães também passaram a fazer encomendas para ajudá-los. Ela conseguiu assim sustentar a família durante a recuperação do marido, e depois os pães tornaram-se renda extra quando ele voltou a trabalhar.

Muitas vezes as pessoas pedem milagres a Deus e Ele lhes dá estratégias, ideias e oportunidades como resposta. Não compreendem que o que Deus está fazendo é dar-lhes condições para usarem os recursos dados por Ele em um nível de excelência que elas ainda não haviam atingido.

Quer prosperar? Peça a Deus e prepare-se. O seu milagre pode vir em forma de uma ideia genial que você saberá, instantaneamente, que foi Ele que a implantou em sua mente e coração.

Vinicios Torres

*** Este texto foi extraído do ebook “A Arte de Viver Prosperamente”, pg. 21-22.


BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES: Que Dizem as Escrituras



Estudos Biblico na Net - PR. D. BARBOSA



BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES: Que Dizem as Escrituras?



BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES:
Que Dizem as Escrituras?


Pr. Walter Santos Baptista (Igreja Batista Sião)

Não creio haver motivos escusos que levem os teólogos das maldições a pregar, escrever e divulgar suas idéias acerca do que chamam "maldições hereditárias".Não creio que seja este o caso dos autores dos livros e livretos Bênção e Maldição ; Quebre a Cadeia das Maldições Hereditárias e Quebrando as Maldições Hereditárias . Pelo contrário, entendo serem homens e mulheres de Deus comprometidos com o Seu reino, mas desviados do que deve ser uma boa hermenêutica, e um apego à boa doutrina e tradição dos apóstolos, conforme Paulo exorta em 2Tessalonicenses 2.15: "Conservai as tradições que vos foram ensinadas".

O Pr. Ricardo Gondim, da Assembléia de Deus Betesda, tem sobre assunto uma posição ortodoxa, bíblica e, por isso, tradicional, e lembra no seu O Evangelho da Nova Era que toda essa celeuma, esse desencontro doutrinário provém do que ele chama "anarquia teológica", quando se concedem poderes independentes tanto à bênção quanto à maldição com a capacidade de se concretizarem nas vidas das pessoas. As inquietantes perguntas são: "existe a maldição hereditária?" É a primeira pergunta. "Estou eu preso a um pacto feito pelos meus antepassados com os espíritos, com o espiritismo, com o candomblé?" Creio que melhor será fazermos um estudo, mesmo que breve, a respeito dessas palavras bênção e maldição examinando o que diz a Bíblia sobre esse tema.

A BÊNÇÃO

A Sagrada Escritura revela que a bênção divina é uma manifestação específica e perfeitamente reconhecível do favor dos céus, incluindo coisas como a chuva (Ez 34.26), a paz (Sl 29.11), riqueza (Pv 10.22), e outras tantas benesses que os céus nos tem concedido. Aliás, há todo um vocabulário da bênção.

Em hebraico a raiz é B-R-K, ou seja, a bênção que se concede a alguém. A mesma raiz aparece na palavra berek que quer dizer joelho. Há uma proximidade, portanto, entre o ajoelhar-se como sentimento de fraqueza diante de Deus (Na 2.10), de submissão diante do Pai (Is 45.23), para que a b'rachah (a bênção) venha sobre o suplicante, o cultuante, o expectante de bênçãos. Significa também berek o cuidado materno, colocar no joelho, no colo (Rs 4.20).

Outra importante palavra é baruk, usada, inclusive, como nome próprio (Baruque) com o significado de abençoado, bendito (Benedito do latim benedictus). Deus é o abençoador e o abençoado, o "bendito" por excelência. Por isso, concede favores como a força (Sl 68.35), a vitória (Gn 14.20; 2Sm 18.28), uma boa esposa (Pv 19.14), promessas cumpridas (1Rs 8.15), proteção ao justo (1Sm 25.39), e, até, boas idéias, conforme Esdras 7.27. Por essa razão, "Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força" (Dn 2.20).

No Antigo Testamento, de acordo com o ponto de vista cristão, a bênção constitui a mais importante categoria teológica. A Aliança e toda a promessa decorrente feita por Deus se expressam como uma bênção messiânica (cf. Gn 12.1-3). Essa bênção tão cantada, proclamada, esperada, anunciada é o Messias, razão porque a palavra de Deus vai dizer:

"Vós sois os filhos dos profetas, desde Samuel e do pacto que Deus fez com vossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Deus suscitou a seu Servo, e a vós primeiramente vo-lo enviou para que vos abençoasse, desviando-vos, a cada um, das vossas maldades" (At 3.25,26).

Está falando de Jesus, o Cristo, e isso quer dizer que a bênção do Antigo Testamento é a preparação da graça no Novo Testamento, é o seu prelúdio.

Assim, só Deus dá a bênção (Gn 27.28,29); toda bênção vem de Deus (Gn 49.25s), e a bênção divina domina toda a criação, e dela depende, inclusive, a fertilidade do homem, dos animais e do campo.

No Novo Testamento, os conceitos da Antiga Aliança são mantidos, muito mais coloridos e floridos, até, enfatizando seu caráter cristológico, espiritual e escatológico. Jesus abençoou as criancinhas (Mc 10.16; Mt 19.13-15), os discípulos (Lc 24.50), os sinais que Ele mesmo efetuou (Mc 6.41; 8.7), e ensinou a responder com uma bênção às maldições que jogarem sobre nós , e que a bênção definitiva é a eterna felicidade dos Seus, a ressurreição e a vida eterna (Mt 25.34-41; 1Pe 3.9).
Pedro sumariza a missão de Jesus Cristo (cf. At 3.26). As bênçãos que vêm de Jesus não são os bens terrenos como no Antigo Testamento, mas a Sua graça, os favores e bens espirituais, de acordo com Efésios 1.3:

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo".

E, com isso, vemos que o Novo Testamento dá um tiro de misericórdia na chamada "teologia da prosperidade", pois Jesus Cristo mesmo disse, "Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?", razão porque devemos repetir o que no final dos tempos ouviremos: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.34). A autêntica Teologia da Prosperidade, o reino reservado pelo Criador!

A MALDIÇÃO

O livro Diario de um Exorcista, escrito pelo Pr. Win Worley e publicado pela Hegewisch Baptist Church, dá a seguinte definição de maldição:

"Pronunciar um desejo maligno contra alguém; imprecar o mal sobre alguém; clamar para que caia prejuízo ou dano sobre alguém; aborrecer, trazer o mal sobre alguém; infamar, amaldiçoar, acossar com grandes calamidades".

A maldição, então, é causada por alguém que trabalha em harmonia com uma atividade específica de espíritos malignos, segundo a teologia do Pr. Worley. Conceitos outros são, por exemplo:

"Quando usamos os lábios para amaldiçoar, estamos chamando a nós o que existe no inferno"
"Com nossa própria boca podemos autorizar o diabo a atuar nas circunstâncias e nas vidas das pessoas"
"Quando uma mulher se submete ao marido, recebe proteção especial contra o mundo dos espíritos malignos"

Tenho sérias dúvidas acerca das definições apresentadas porque sem permissão de Deus, essas maldições não acontecem dentro da minha casa!

"Orar, impor as mãos e orações a longa distância, quando são indicadas, inapropriadas, erradas ou mal motivadas, podem produzir resultados daninhos e espantosos com os efeitos de uma maldição"

Vamos entender:

Ele está dizendo que se alguém orar erradamente, em vez de abençoar, vai amaldiçoar a pessoa por quem está orando?! E conta histórias como a do casal de irmãos pentecostais que "orava" pelos enfermos, e cuja esposa julgava ter o dom da cura divina. Conta o autor que ela impunha as mãos sobre os doentes, e piorava o estado em que se encontravam. Diz, ainda, que o esposo lia intensamente, embora fosse um crente em Jesus Cristo, os livros de Edgard Cayce. autor espírita norte-americano, além de outros. Com essas leituras, recebia inconscientemente poderes ocultos do Maligno, e passava sem o saber, à esposa, de modo que quando ela impunha as mãos sobre um enfermo, eles ficavam em estado pior porque liberava maldições. Completa o Pr. Worley dizendo que havia expulsado desses doentes o Príncipe (é como chama ele ao Diabo), Enfermidades Terminais, Câncer Controlado, Distrofia Muscular, Leucemia, Tuberculose e Doenças Cardíacas. Recomenda que se use Gálatas 3.13 e Colossenses 2.14 para quebrar essas maldições. Isso me parece muito com certa apresentadora de um quadro de um programa que apresentava um programa de tarô, búzios, etc, mandando "fazer o salmo tal" para resolver este ou aquele problema num autêntico uso mágico da Bíblia, coisa nunca autorizada em suas páginas.

Em Bênção e Maldição, o autor [Jorge Linhares] menciona a história de uma senhora que vivia desanimada e triste. Perguntou-lhe o nome, e ela respondeu, "Maria das Dores". Ao que ele afirmou, "A maldição está no seu nome; é preciso mudá-lo". Ela se entregou a Jesus Cristo, e foi instruida a não mais assinar esse nome, e usar apenas uma rubrica; desejou a senhora ser chamada Maria de Jesus em lugar do antigo nome para evitar a maldição. Não parece o conselho dos astrólogos e numerólogos que fizeram a cantora Sandra Sá mudar para Sandra de Sá, e o Jorge Ben a se tornar Jorge Benjor, e o ex-presidente Fernando Collor de Mello a assinar F. Collor? E deu bom resultado? Não tem todos esses casos, inclusive o conselho vindo do pastor, cheiro, sabor e textura de superstição?

O mesmo autor também ensina que carros saem amaldiçoados porque quem os fabrica em São Paulo e Minas Gerais são pessoas infiéis, e por isso, deve-se "quebrar a maldição" Menciona, ainda, uma senhora que viu um pezinho de abóbora entre pedras de uma construção em frente de sua casa, e dissera em tom de brincadeira, "Eu te abençoo, ó pé de abóbora. Vamos ver o que acontece": colheu abóboras enormes, maravilhosas?!

Segundo os teólogos das maldições, uma maldição pode ser devolvida a quem a enviou, e se for hereditária, pode ser quebrada. No primeiro caso,

"Quando maldições são quebradas e espíritos devolvidos a quem os enviou (Sl 109.17), reverberações são geradas no mundo dos espíritos, levando os feiticeiros a se tornar mais cuidadosos. Demônios que retornam a quem os enviou podem ser mais vingativos, zangados, cruéis e perigosos a quem os mandou".

Por outro lado,

"Devolvendo as maldições e os espíritos que elas geraram e liberarem sobre suas vítimas à pessoa que os enviou, você pode estar 'abençoando-as' (Sl 7.16; 9.15; 35.8; 70.2,3; 109.17; Ne 4.4)".

Quanto à herança das maldições,

"Nas vidas dos descendentes de Adão outro princípio de julgamento emerge, e que é encontrado através da Palavra de Deus. Os filhos sofrem pelos pecados dos pais"

O Pr. Worley se esquece de Ezequiel 18, capítulo, aliás, pouco lido, e, menos ainda, comentado pelos teólogos dessas maldições:

"Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. ... A alma que pecar, essa morrerá, o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele" (vv.4,20).

No livro Curse of the Vagabond, John Eckhardt menciona o que chama de "a maldição do vagabundo" que se reflete nas pessoas que vagueiam de cidade em cidade, de trabalho em trabalho, de casa em casa, de igreja em igreja, ou de ministério em ministério, no caso de pastores. Diz o autor: "São vagabundos".Usando como base o Salmo 107.1-8, identifica o autor no verso 4, espíritos de Nomadismo e Solidão; no verso 5a, espíritos de Pobreza , Desespero, Desencorajamento e Depressão. No verso 7, a libertação desses espíritos leva a uma habitação e abrigo; e no verso 8, a libertação provoca o louvor, e é uma das obras maravilhosas de Deus (não deixa de sê-lo).

O primeiro vagabundo da Bíblia, de acordo com Eckhardt, é Caim (Gn 4.11,12), e em Lamentações 3.64-66 identifica o resultado dessa maldição que é dureza de coração, e inclui Fracasso, Tragédia, Frustração, Morte, Destruição, Problemas Familiares, Dor, Problemas Conjugais, Doenças, Problemas Mentais, Suicídio, Aborto, Acidentes, Depressão, Tristeza, Luto, Tormento, Vergonha, Amargura etc.

Para a "quebra" das maldições, ensinam os seus teólogos, começamos por apelar a Deus pelo perdão dos pecados dos nossos antepassados e ancestrais. O escritor de Quebrando as Maldições Hereditárias sugere que se trace a árvore genealógica da pessoa até a terceira geração. Colocam-se os nomes dos pais, avós e bisavós; anota-se a nacionalidade, a raça, a religião, o tipo de morte mais comum na família, a enfermidade freqüente, e como o casamento é avaliado dentro da família. Há outras perguntas dentro desse quadro de levantamento da árvore familiar. Naturalmente, ele considera básicos textos como Êxodo 20.5; Provérbios 3.33; Salmo 37.22,28; Provérbios 17.13; 2Samuel 3.29; Salmo 109.5,6,9,10. E apesar de apresentar textos como Romanos 5.17-19, onde explica que Deus quebrou as maldições dando-nos uma herança em Cristo, a graça, a justificação e a vida, ainda assim, ensina a se fazer a árvore genealógica para pedir a Deus a quebra das maldições e perdão dos pecados dos pais, avós e bisavós?! Isso é caminhar em dois perigosíssimos terrenos! Um é o terreno mórmon, e o outro é o católico-romano. No mórmon, a confecção das árvores genealógicas para batismo visando à salvação dos parentes falecidos! No terreno do romanismo, é de se indagar se já estamos fazendo orações por quem está no purgatório! Visto que parece estar sendo criado um tipo de purgatório evangélico com essa idéia de quebrar pecados e maldições, pedindo perdão a Deus por pecados praticados pelos antepassados?!

Um dos teólogos das maldições afirma que se alguém orar por três ou quatro gerações e não der certo (???), se não conseguir quebrar a maldição (como vai saber se a maldição do tio-avô foi quebrada?), ele diz: "Quando um fenômeno parece resistir à quebra de uma maldição, vá a quinze ou vinte gerações". Isso é complemente fora de sentido! Observe-se que mesmo que se "quebrem" as maldições, há outros descendentes dos antepassados (tios, irmãos, primos) nos quais os problemas vão permanecer. E como explicar?

Aqui uma Fórmula para quebrar maldições

"Em nome de Jesus Cristo, eu repreendo, quebro e liberto a mim mesmo e minha família de qualquer e todas as maldições malignas, feitiços, encantamentos, bruxarias, magias, todo azar, todos os poderes psíquicos, fascínio, feitiçaria, poções amorosas, e orações psíquicas que têm sido postas sobre nós até dez gerações atrás em ambos os lados da minha família.

"Quebro e liberto a mim mesmo de espíritos associados ou relacionados a qualquer pessoa ou pessoas, a qualquer fonte de ocultismo ou psíquica. Eu te peço, Pai Celeste, que os faça voltar a quem nos enviou! (Gn 12.3,28; 27.29; Dt 30.7; Sl 109.17-19). Que quem ama a maldição a receba em si mesmo".

Pronto! Acabamos de virar pai-de-santo evangélico, babalorixá cristão, e discípulo de Cristo amaldiçoador, quando ensina a palavra de Deus:

"Abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis" (Rm 12.14);

"Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes, não retribuindo mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para isso fostes chamados, para herdardes uma bênção" (1Pe 3.8,9);

"Bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam" (Lc 6.28; cf. 1Co 4.12).

QUE DIZ A ESCRITURA SOBRE AS MALDIÇÕES


Não se deve julgar a maldição no Antigo Testamento de acordo com a concepção politico-religiosa do mundo de hoje. Esse é o grande problema: tomar as categorias de um outro mundo, semita, de quatro mil anos atrás, complemente distinto no seu modo de pensar do modo grego que é o nosso. Quer dizer, as palavras têm outras categorias; não podemos simplesmente ler algo que foi escrito numa categoria de pensamento oriental (e nós somos ocidentais), há quatro mil anos (quando somos quase do século 21), e dizer que valem a mesma coisa.[discordo parcialmente dessa declaração]

É aí que vem a hermenêutica, uma atualização do que se disse no passado para as realidades do presente. Afinal, havia algumas relevantes variáveis em relação ao tempo atual. Naquele tempo, não havia ordem pública policiada. Era diferente! Hoje temos a segurança trazida pela ordem policial. Naquele tempo, se uma pessoa se sentisse ameaçada, jogava uma maldição naquele ou naquilo que o ameaçava. No mundo antigo, uma maldição era pior que a presença de um policial.

Por outro lado, não havia investigação de crimes com a perícia técnica, laboratórios, depoimentos, etc.: criminosos e soldados inimigos temiam a vingança em forma de palavra.

Um escravo falsamente acusado usava desse recurso. Lembra o livro dos Provérbios:

"Não calunies o servo diante de seu senhor, para que ele não te amaldiçoes e fiques tu culpado" (30.10).

O escravo não podia recorrer à justiça processando alguém por perdas e danos; então, esse era o seu único recurso. O teólogo Von Imschoot lembra que a maldição era, quantas vezes, a única arma do oprimido. Um pessoa oprimida só tinha como se vingar lançando uma praga em alguém. Também o pobre faminto:

"Ao que retém o trigo o povo o amaldiçoa; mas bênção haverá sobre a cabeça do que o vende" (Pv 11.26).

Já imaginaram o que aconteceria com esses comerciantes que escondem mercadoria para aumentar o preço? E o explorado pelo agiota?

"Ai de mim, minha mãe! porque me deste à luz, homem de rixas e homem de contendas para toda a terra. Nunca lhes emprestei com usura, nem eles me emprestaram a mim com usura, todavia cada um deles me amaldiçoa" (Jr 15.10).

Afinal, para os orientais antigos (assírios, cananeus, hebreus, e outros), a maldição, como a bênção, era considerada uma força ativa, como algo extremamente concreto, estava em conexão com o poder da palavra, e era tanto mais eficaz quanto mais perto de Deus se encontrasse quem amaldiçoava, quanto maior fosse o pecado conhecido, e quanto mais importante fosse o bem protegido pela maldição.

Há, também, todo um vocabulário da maldição. A raiz em hebraico é 'arar, que significa maldizer, amaldiçoar, falar mal. Daí vem meerah significando maldição. Há outras palavras (qabab, naqab, za'am), mas o sentido de todas elas é desejar mal a outrem (Gn 12.3), quando se confirma a própria promessa (Jó 31.30), ou como garantia da verdade de seu testemunho perante a lei .

Quando Deus pronuncia uma maldição, é sempre uma denúncia do pecado, e um julgamento. Por essa razão, quem sofre as conseqüências do pecado, por motivo do julgamento divino, é chamado de maldito, anátema.

Voltando ao que já observado, para os hebreus, uma palavra não era simplesmente um som ou um grupo de fonemas, mas um agente enviado : tinha vida. São os casos da bênção e da maldição, e daí que, em Mateus 8.8, o centurião exclama: "Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas somente dize uma palavra". Bastava essa palavra ser dita, e atingiria o seu servo. O mesmo ocorre no verso 16:

"Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos".

E, ainda:

"Jesus lhe respondeu (a Satanás): Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4; Dt 8.3), porque, por trás da palavra, está Aquele que a criou.

A maldição é, na Bíblia, um perigo para o surdo porque ele não pode se defender. Alguém lhe joga uma praga, e ele não tem com revidar, e nem pode pedir uma bênção do Senhor quando a maldição estiver em curso, razão porque é proibida de acordo com Levitico 19.14: "Não amaldiçoarás ao surdo...; mas temerás a teu Deus. Eu sou o Senhor" (cf. Mt 11.15).

A mesma aliança que Deus faz com Israel é uma aliança de bênção e maldição. Assim também, o evangelho de Cristo é uma aliança de bênção e de maldição: "Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36).

A maioria das maldições cai em uma das seguintes categorias: declaração de castigos, declaração de ameaças ou proclamação de leis. E, em todos os casos, as maldições são reflexo de violação de relações com Deus: é a idolatria, o desrespeito aos pais , enganar o próximo, aproveitar-se da desvantagem de alguém, aberrações sexuais, propina, a falta de observância da lei de Deus.

LIÇÕES

1. Só Deus é o Senhor absoluto de todas as declarações de 'arur (maldito). Por essa razão, só Ele pode amaldiçoar alguém, uma coisa ou uma terra.

2. Ele pode reverter bênçãos, e torná-las maldições.

3. É por natureza amaldiçoado o perverso, o criminoso, quem viola os mandamentos, quem não desempenha seu encargo sagrado.

4. Quem age dentro da esfera do proibido pelo Senhor é maldito, por outro lado, baruk é quem edifica sua vida no temor e poder de Deus, ou seja, é abençoado quem tem como alicerce a Cristo. É, no entanto, 'arur (amaldiçoado) quem confia no próprio poder ou no poder humano. Jeremias, o profeta, já falava sobre isso: "Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor" (17.5,7). Queremos, aliás, esclarecer que este texto não quer dizer que se tem de olhar desconfiado para o vizinho; não diz que é maldito quem confia no vizinho; maldito é aquele que não reconhece que toda força humana é fraqueza diante do poder de Deus.

MALDIÇÃO E NOVA ALIANÇA

O problema da maldição não é a palavra em si. À luz do Novo Testamento, o problema da maldição é o sentimento que a provoca. Jesus abordou esse assunto quando, no Sermão da Montanha, disse: "Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo" (Mt 5.22a). É o sentimento, pois "Todo aquele que disser a seu irmão: Raca (terrível palavra na língua aramaica), será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo (imbecil), será réu do fogo do inferno" (Mt 5.22b), porque por trás dessas palavras está o sentimento que faz com que elas sejam pronunciadas. O problema é o coração, a consciência, a mente que planeja e executa. E aqui está a palavra de Jesus: " Raça de víboras! como podeis vós falar coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a b

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