sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ESTUDO ACERCA DO SHABAT

1ª PARTE: Êxodo 32:31-35 e 33:7-11. Moisés intercedeu pelo povo judeu e depois estabeleceu a tenda do ensinamento e o Eterno se agradou e manifestava a Sua Divina presença naquele lugar. Então aqueles que queriam buscar o Eterno se punham em frente à sua tenda e se prostravam diante do Eterno.

• Através da sua busca e de suas atitudes, Moisés estabeleceu um relacionamento duradouro e consistente com o Eterno. Isto atraiu a Divina presença do Eterno no acampamento, pois Ele descia para falar com Moisés.
• Moisés entendeu que a melhor maneira de levar um povo a obediência é levá-lo primeiro a sala de aula para ouvirem a Torah, pois é a palavra viva do Eterno que inspira o povo a obedecer.
• Josué fez duas coisas que foram fundamentais para ter sido nomeado pelo Eterno como sucessor de Moisés. Primeiro ele cooperou com o líder (Moisés) e nunca o deixou, sendo sempre um fiel “escudeiro”. Segundo, ele amava a presença do Eterno e estabeleceu também um relacionamento vivo com Ele.

2ª PARTE: (Êxodo 35:1-3, 31:13-18, Isaías 56:6,7) – O Shabat – Em meio a dois acontecimentos de grande relevância, ou seja, a edificação do Mishcan (Tabernáculo) e a outorga do decálogo (os dez
mandamentos), o Eterno enfatiza o Shabat, como um templo no tempo e uma tenda espiritual de ensinamento.

• O Shabat é um templo no tempo. O Tabernáculo e o Templo que foram edificados estiveram estabelecidos no espaço e hojeo não estão presentes. Apesar de que o Templo será novamente edificado, o Shabat sempre permanece como um templo no tempo que jamais pode ser derrubado. Assim o Eterno assegurou uma porta aberta de adoração e comunhão com Ele para todos Os que o buscam.
• O Shabat e as outras festas bíblicas são uma espécie de portal para o Olam Haba. No Shabat abre-se a “cortina” e podemos ter um contato mais direto com o Reino Vindouro.
• Yeshua é o Senhor do Shabat: Yeshua disse que era o Senhor do Shabat, primeiro porque ele é o porta voz oficial das palavras do Eterno, segundo porque ele é o príncipe da paz e terceiro porque ele é aquele que desobstrui o caminho para o Eterno.
• Devemos interromper o trabalho secular. Shabat está etimologicamente ligado a Shavat, que significa cessar. Ambas as palavras estão relacionadas com o conceito de greve em hebraico. Então, no shabat devemos voluntariamente cessar todo o trabalho secular.
• O Shabat não significa uma ausência de atividades, mas uma mudança da natureza da atividade. Toda a atividade do Shabat dever está voltada a dimensão espiritual, ao Reino dos Céus, enquanto que nos seis dias, muito da nossa atenção está voltada ao mundo físico, à nossa sobrevivência, conquistas e dificuldades a serem superadas. Embora devemos buscar o Eterno e ler a palavra todos os dias.
• É o Eterno quem determina qual atividade é considerada trabalho no Shabat. No Shabat temos esforço físico, porém se este esforço não estiver transgredindo aquilo que o Eterno considera trabalho, então ele é permitido no Shabat.
• Porque a edificação do Tabernáculo (Mishcan) foi interrompido no Shabat. A natureza dos 39 trabalhos realizados para a edificação do tabernáculo refletem as atividades dos seis dias da semana, mas não podem ser realizados no Shabat, pois o Eterno os considera como trabalhos proibidos para o Shabat.
• O Tabernáculo é um portal aberto todos os dias no mundo físico para buscarmos o Eterno. O Tabernáculo também é uma portal para a manifestação do Eterno, porém numa forma diferente de busca. No Shabat nós cessamos o trabalho para buscar a presença do Eterno, enquanto que nos dias da semana, incluímos o Eterno em todas as nossas atividades físicas, buscando a Sua orientação, direção e aprendendo a obedece-Lo.
• Através de Yeshua, o Tabernáculo vivo do Eterno, nós temos uma acesso desobstruído em direção ao Eterno. É preciso fazer a nossa parte através de atitudes corretas como ler a palavra todos os dias, reconhecer nossos erros, obedecer a direção do espírito do Eterno, considerar cada dia importante, resistir ao inimigo espiritual, transformar nossas preocupações em orações, agir de maneira diligente e efetiva para colocar em prática aquilo que o espírito do Eterno nos direcionou a fazer.
• Porque o Tabernáculo foi construído nos seis dias de trabalho? Para que a nossa vida, mesmo nos seis dias de trabalho não se constitua apenas de aspectos seculares, mas também da execução da obra de D’us.
• O Shabat é pleno, quando contrastado com seis dias efetivos de trabalho. Assim como é uma ordem do Eterno guardar o Shabat, também é uma ordem trabalharmos nos seis dias da semana. Precisamos produzir frutos nestes dias senão nossas vidas perdem substância e podem se tornar vazias. Em outras palavras é preciso estar em movimento e realmente agir de maneira efetiva para conseguir o nosso sustento e da nossa famílias além de outras atividades que são requeridas nos dias da semana. Aqueles que trabalham de forma integral para a obra de D’us, devem ter o mesmo propósito, e durante os seis dias de trabalho devem efetivamente e diligentemente produzir frutos, usando o tempo com sabedoria.
• O Shabat livra da morte, e quem não guarda o Shabat morrerá (Êxodo 35:2). Quem não guarda o shabat corre o risco de morte espiritual e no caso do povo judeu, de morte espiritual e física. O shabat também alonga os dias de vida, pois é extremamente saudável em todos os aspectos, tanto para a saúde do corpo como da mente.
• Não acender chamas de fogo (físico) para receber o fogo da unção do Mashiach, que ilumina nossa alma e nos concede vida espiritual. O fogo é um dos elementos essenciais para a vida neste mundo físico. Mesmo no shabat, o sol continua a queimar, como uma grande massa encandescente, gerando luz e vida neste mundo habitável. Mas quando nós, individualmente paramos de acender chamas de fogo no shabat, estamos na verdade enfatizando que neste dia estaremos mais concentrados nas coisas espirituais, a fim de receber o fogo da unção do Mashiach, que iluminará nossa alma e nos concederá vida espiritual.
• O Shabat traz a existência a paz sobrenatural. A paz sobrenatural não depende de circunstâncias, pois ela flui do espírito do Eterno até nós. Enquanto que a paz a um nível natural depende exclusivament das circunstâncias da vida. É produzida após resolvermos uma situação que estava nos preocupando, ou quando as coisas estão indo bem. A paz sobrenatural brota independente de qualquer situação e contribui para resolvermos situações extremamente difíceis. Ela também nos coloca em um lugar de refúgio acima do mar revolto ou abrigado da tempestade. É uma manifestação do amor e do cuidado do Eterno por nós, e da nossa parte expressa uma genuína atitude de fé e confiança Nele.
• O Shabat é uma fonte de benção e de santificação (Êxodo 20:11). O Eterno preparou o shabat para nós e na observância do shabat temos acesso a bênção e a santificação que fluem do espírito de D’us através do Mashiach.
• O shabat como festa bíblica também se constitui um memória e tem um caráter profético. Como festa bíblica, o shabat é uma celebração que testifica que o mundo foi criado pelo Eterno, celebra a libertação do nosso povo da escravidão do Egito e aponta para o grande shabat, o milênio de paz na era messiânica.
• O caráter profético do Shabat. O Shabat aponta profeticamente para o Shabat Gadol. O grande shabat ocorrerá no milênio de paz, que ocorrerá na era messiânica, quando Yeshua estiver governando em Jerusalém sobre Israel e sobre toda a Terra.
• Yeshua é o Senhor do Shabat. Yeshua é o Senhor do Shabat porque ele é o instrumento de libertação do Eterno que nos livra da escravidão e nos dá descanso. Ele também é o porta-voz da palavra do Eterno e a o estudo da palavra é o alimento espiritual que produz o fogo da unção no shabat. Yeshua também é o príncipe da Paz, que estabelecerá um governo de paz sobre a terra, e espiritualmente é ele que nos torna propícios ao Eterno. É através de Yeshua que recebemos a paz sobrenatural.
• Yeshua advertiu sobre não fazer do shabat um ritual e nem acrescentar tradições que não estejam de acordo com a Torah. Ele frisou a importância de fazer o bem no shabat, de que a vida é mais importante do que o preceito, quando é lícito salvá-la, e de que o ato de usar de misericórdia com os outros é um sacrifício mais eficaz do que oferecer um animal para ser sacrificado. Ele nunca foi contra o shabat, mas combateu uma concepção errada acerca do shabat, decorrente da visão dos fariseus que estava equivocada com relação a Torah. (Ler: Marcos 2:23-28, 3:1-5, João 5:15-17 e Hebreus 4:9 “traduzido pela maioria das versões como ‘repouso’, mas nos manuscritos semitas e mesmo no grego significa observância do shabat. O termo grego no manuscrito original é ‘sabatismos’).
• O Shabat permanecerá na sua forma original enquanto houver o sol e a luz. O shabat está sujeito a ordem da semana que é determinada pelo sol e pela lua e é necessário enquanto estivermos na dimensão física. Na verdade o Shabat nos une com o céu, mesmo que estejamos na terra. Mas quando o sol não mais existir e o Eterno fizer novos céus e nova terra, enviando a Nova Jerusalém, o shabat na sua forma original será substituído pelo oitavo dia, o dia eterno que nunca terminará. Ao invés do sol, o próprio Mashiach será a lâmpada que iluminará toda a terra, refletindo a luz Divina que procede do Eterno. Após isto o shabat permanecerá como princípio, pois no sentido mais profundo e espiritual os preceitos jamais serão abolidos, porque sempre haverá os céus e a terra. (Ler: Apocalipse 21:1-27 – especialmente 9:1 e 23 & Mateus 5:17-19 que ser refere a Torah que é eterna na sua forma mais profunda que aponta para princípios espirituais irrevogáveis)

Obs.: Quem são os fariseus? Os fariseus embora fossem um seguimento judaico da época da primeira vinda do Messias, os quais estavam equivocados em vários aspectos e hoje são criticados por líderes judeus pelas suas atitudes equivocadas. Mais num sentido amplo sempre estão presentes. Hoje já fariseus tanto no seguimento judaico como cristão. Como eles são? São pessoas que pouco a pouco perderão sua conexão espiritual com o Eterno e contaminarão sua vida eclesiástica e religiosa com interesses pessoais. Adquiriram uma atitude muito política, já não tem muita convicção, tornaram-se dogmáticos pois perderam o fluxo contínuo da vida espiritual e em razão de tudo isto estão fracos espiritualmente. Consequentemente acabam caindo no pecado e à partir daí recebem a operação do erro e tornam-se falsos mensageiro e falsos profetas, porque já não estão sujeitos e abertos a verdade. Por fim tornam-se hipócritas, pois por fora parecem santos, mas por dentre estão contaminados e muitas vezes vivem também numa prática pecaminosa. Eles serão riscados do livro da vida e perecerão no inferno.

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