quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

 

Andando como mortos


No ermo dos dias, vagueamos sem rumo,  

Mortos-vivos em mundo onde o desatino é prumo.  

Onde desenhos retratam sensualidade desvairada,  

E a opinião sucumbe à imposição, desolada.  


Erguemo-nos, zumbis, com celulares em mão,  

Mensagens fluem, buscamos a salvação.  

Em salmos e sermões, buscamos alívio,  

Mas ao deixar a igreja, retomamos o vício.  


O que fazemos com o saber adquirido?  

Para onde rumamos, em que estamos metidos?  

Quem guia nossos passos neste caminho torto?  

Os dias se repetem, horas se arrastam, um esforço.  


Neste limbo constante, numa dor sem par,  

Precisamos acordar, antes que seja tarde.  

Muitos perecem no deserto da desolação,  

É hora de buscar dentro, a verdadeira razão.  


Indague-se, o que almejo para mim?  

A quem sirvo, em nome de quem?  

Qual meu desejo, simples ou absurdos?  

Deixo-me oprimir ou levanto-me, seguro?  


Quem sou perante meu Deus, na presença santa?  

Perguntas que só eu posso responder, de alma franca.  

Deixe Jesus erguer-te, como fez com Lázaro,  

Do deserto da dor, como o Samaritano raro.  


Não lamente, defina metas, com fé,  

Ninguém te diga que não podes, crê.  

No fim, a escolha é tua, tão somente,  

Queres tua salvação, ou viver indiferente?

Nenhum comentário: